Formação

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È Ele(JESUS), com efeito, que é a nossa Paz – Ef2,14

 Sempre que nos encontramos ás portas de um ano novo nós falamos muito  de Paz, da necessidade de Paz no próximo ano.
Paz,Paz,Paz… Que Paz vem a ser essa?
Muitas vezes procuramos uma Paz externa, distante, fria; Buscamos na verdade uma ausencia de Guerra, de sofrimentos, de problemas. Mas Paz não é ausencia de Guerra!!! Podemos dizer que Paz é um estado de alma;  O CIC nº2305 vem dizer que Paz é a tranquilidade da ordem. As violencias que vemos no mundo presente são puramente sinais de uma grande  guerra interior, de desordem interior. Sendo assim a Paz não é algo que nos vem de fora, mas ela é cultivada dentro de nós.
São Paulo diz em sua carta aos Efésios 2,14 – Ele é a nossa Paz!  A Paz que brota em nosso coração nos vem d’Ele como fruto do seu Espírito, Ele é “a Paz que excede todo entendimento/inteligencia” (Fl4,7). Por isso, é possível viver em Paz e muito mais do que é isso é possível viver A PAZ mesmo em meio a guerra, as perdas, aos sofrimentos, por que Ele é a nossa Paz.
A paz é a cultivadora de todos os dons do Espírito e a Oração cultiva a Paz, pois a oração nos leva até Jesus, nossa verdadeira Paz; Paz que não morre, que não abandona, que não condena, paz que é rocha, que é viva, presente, paz que transforma. É confiante nessa PAZ que devemos adentrar o ano de 2010.
Com paz no coração amaremos mais no proximo ano, seremos mais alegres, afáveis, pacientes, benevolentes etc… Externalizando assim  a Paz experimentada por nós.
Sejamos promotores e cultivadores dessa Paz!!!
FELIZ 2010, FELIZ VIDA NOVA….
 
 
Por Maxwéll Lucas dos Santos Pereira
Coord. Arq. do MP de Uberaba

“Dei-lhes a glória que me destes para que sejam um, como nós somos um” Jo 17,22

Deus tem nos chamado atenção nos últimos tempos, à unidade. Esta ordem dada por Jesus aos apóstolos chegou até nós depois de dois mil anos graças às pessoas que se colocaram sob a graça de Deus e permaneceram UNIDOS.
Contudo, muitas situações vem ocasionando, gerando desunião e consequentemente impedindo a graça de Deus de chegar aos irmãos necessitados.
É bem provavel que esses maus frutos têm sido gerados por sementes lançadas pelo inimigo em nossos corações: ressentimento, autosuficiência, sectarismo, autoritarismo, maledicência, murmuração, desânimo, preguiça…, afetando a unidade do Ministério, do Grupo de Oração, da Paróquia, enfim da Igreja.
Desta forma, devemos estar atentos para não cairmos na tentação de nos isolarmos, de fazermos tudo sozinhos…Só em Jesus podemos conquistar a graça de permanecermos unidos. E quantas pessoas são evangelizadas pelo testemunho de alegria e união da nossa Igreja, do nosso Grupo…
Somente o Espírito Santo é capaz de unir o diferente. Viver a unidade exige esforço, perseverança, humilhação.
Enfim, é necessário colocar-se em atitude constante de querer amar. Portanto, exercitemos o mandamento maior que é o AMOR e obedeçamos a última ordem do nosso mestre PERMANECEI UNIDOS para que a obra de Jesus aconteça e que seu inimigo (a divisão) seja derrotado.

Ana Paula
(Membro do Ministério Arquidiocesano do Ministério de Pregação)

Pregação x Arco e Flecha

Muitas vezes e mesmo por questões de didática, lançamos mão de exemplos e comparações, na tentativa de explicar algo de conteúdo nem sempre definível ou de fácil compreensão. Isto ocorria com as parábolas que Jesus contava, no intuito de falar das coisas do céu a partir das realidades da terra (bom pastor, grão de mostarda, trigo e joio, o semeador, etc).
Isto também ocorre quando se pretende de algum modo, definir o que seja o ministério de pregação e os tipos de pregadores – se é que se poderia enquadrar o pregador dentro de algum perfil determinado, visto que não somente o pregador, mas o ser humano em geral, se apresenta muito mais complexo do que certos conceitos já postos. Mas, como no início [didaticamente], gostaria também de apresentar alguma contribuição na compreensão do exercício deste lindo ministério.
A visão que se me apresenta daquilo que poderia ser comparado o ministério de pregação e que bem o demonstra seria a da prática do arco-e-flecha. Esta imagem comparativa do arco-e-flecha com o ministério de pregação surgiu quando fiz uma leitura sobre esta atividade e no livro , o autor descrevia pormenorizadamente tudo que caracterizava tal atividade, bem como a composição de seus elementos (arco, flecha, alvo, etc).
A prática de arco-e-flecha requer alguns elementos que a componham. Não somente, mas a qualidade e uso destes elementos também influenciam o resultado desta atividade. Estes elementos são, essencialmente, o arco, a flecha, um alvo e, evidentemente, o arqueiro. Traçando um paralelo entre as atividades do tiro com arco e da pregação, podemos destacar os três elementos desta primeira, a saber: o arco, a flecha e o alvo.

O ARCO

Originalmente , o arco deve ser feito de um tipo de madeira que resista a grandes tensões, pois o melhor arco é aquele que tem a maior capacidade de envergadura, ou seja, a capacidade de se dobrar sem quebrar (resiliência), pois quanto maior a curvatura que o arco faz, tanto maior é a propulsão com que pode lançar a flecha.
O pregador é como este arco. A “madeira” da qual ele é constituído chama-se oração. É ela que confere a capacidade de resiliência. Ou seja, quanto mais o pregador se “dobra” ou, melhor dizendo, se deixa ser dobrado, tanto melhor é para ele e para seu ministério. Mas – podemos nos perguntar – como um pregador pode se dobrar ou ser dobrado? Respondemos à esta indagação dizendo que a resposta é a oração.
Tanto no sentido de dobrar-se conquanto significa dizer que o pregador é aquele que se dobra, que se coloca de joelhos diante de Deus, bem como ele deve ser dobrado por Ele – no que se refere a deixar-se lapidar, moldar, converter-se por Deus para uma vida de oração – mudando seus valores, conceitos, idéias e ideais, etc.
Então, do mesmo modo que a madeira quanto mais dobrada pode lançar a flecha com maior impulso e distância, assim também quanto mais vida de oração e escuta, portanto, quanto mais dobrado o pregador estiver, mais longe e com maior impulso poderá lançar sua flecha. A esta altura já podemos compreender que ela (a flecha) é a Palavra de Deus. Precisamos nos dobrar constantemente diante do Senhor.

A FLECHA

Como já pudemos indicar anteriormente, a flecha pode ser compreendida como a própria Palavra de Deus. A flecha é um instrumento pontiagudo, penetrante e quando atinge o alvo, não se pode retirá-la sem dificuldades. Ou seja, uma vez penetrada ela deixa marcas no alvo, profundas e quando se tenta retirá-la, somente imprimindo uma força tal que, mesmo se conseguindo arrancá-la, deixa seus vestígios da perfuração.
De modo semelhante se dá com a Palavra de Deus. São Paulo já se referia à Sagrada Escritura como sendo um instrumento pontiagudo, penetrante . Uma vez lançada esta “flecha” da Palavra de Deus e atingido o alvo, ela não pode ser retirada sem deixar de produzir seu efeito, pois penetra profundamente deixando marcas onde é lançada (anunciada). E, a exemplo da passagem do semeador, caso algo ou alguém venha a retirar a Palavra semeada, esta não sairá sem esforço ou sem dor, pois ela é penetrante deixando sempre seus vestígios .
Entretanto, assim como a flecha se não for lançada, portanto, se não tiver uma força propulsora se torna apenas um pedaço de madeira, sem efeito, não penetra nem fura, de igual modo, a Bíblia quando não anunciada com o poder do Espírito, pode continuar sendo vista pelo mundo como um mero livro que não causa efeito algum. É preciso, pois, lançar a flecha. É preciso anunciar!

O ALVO

O terceiro elemento componente da prática de tiro com arco é o alvo. Ele é o objetivo, o destino e fim último da flecha lançada pelo arqueiro. Geralmente é colocado a uma certa distância do arqueiro. Alguns são estáticos. Estão no mesmo lugar apenas “esperando” para serem flechados. Outros são colocados como alvos móveis. Mas uma coisa é comum entre ambos: a flecha precisa alcançá-los. Precisa chegar até eles penetrá-los.
Evidente que nesta comparação o alvo se assemelha ao povo de Deus. Seja ele enquanto assembléia reunida ou o indivíduo separadamente. Como foi dito, o destino e fim último de toda pregação (flecha) deve ser alcançar o coração (alvo) do povo de Deus. O pregador (arco) deve ter isso muito claro em sua mente e no seu coração. Sua pregação não é para a sua glória ou vaidade, mas tão-somente se deixar ser instrumento de Deus para tocar o Seu povo.
Isto exige uma sensibilidade do pregador. Um olhar diferente lançado para cada irmão. O arco não intui parar na flecha, mas se utiliza dela para cravá-la no alvo. Não a retém para si. Assim o pregador não deve calar diante dos irmãos. A flecha precisa ser lançada. Oportuna e inoportunamente, diria São Paulo.
Contudo, nem sempre o povo de Deus se comporta como o alvo estático que, passivamente espera a flecha tocar-lhe o centro. Nosso povo está cada vez mais dinâmico e, por vezes, distante da Palavra do Senhor, nem sempre desejando ou esperando ser tocado por ela. Ao contrário, muitas vezes a rejeita.

O ÚLTIMO E FUNDAMENTAL ELMENTO: O ARQUEIRO

Embora tenhamos destacado três elementos nesta prática de arco-e-flecha existe um quarto elemento que dá base e vida para os demais: o arqueiro. O arqueiro escolhe a madeira da qual será feita o seu arco. Trabalha seu arco para alcançar a máxima envergadura e, quando o arco não atinge o ideal, o arqueiro molda seu arco para que atinja tal meta, embora sempre respeitando os seus limites. É ainda o próprio arqueiro quem confecciona a sua flecha. Ele sabe do que ela é feita e para que foi feita.
Sua atenção sempre está voltada para o alvo. Nunca tira os olhos dele, pois sabe que se desviar seu olhar a flecha pode ter outro destino que não o que ele desejaria e, assim, desperdiçaria uma flecha lançada ao vento. O arqueiro sabe, ainda, que precisa forçar ao máximo seu arco para fazer a flecha chegar. Às vezes pode dar a impressão que está forçando muito os limites de seu instrumento, parecendo que irá quebrá-lo em virtude da tamanha força impressa sobre este.
Mas o arqueiro bem sabe que está apenas usando o potencial máximo de seu arco, pois ele o conhece muito bem e sabe até onde ele agüenta. O resultado final: depois de tanto dobrar o arco, o arqueiro lança às maiores distâncias a sua flecha, pois sabe que no fundo ela foi feita para ir o mais longe possível e se não imprimisse tal força no arco o potencial de sua flecha não alcançaria toda sua capacidade.
Talvez nem precisasse continuar a interpretação desta comparação, pois podemos já identificar que este “arqueiro” é Deus. É ele quem escolhe os seus pregadores, que os molda para que sejam melhores no seu ministério e em suas vidas. Trabalha em cada um deles para que a Sua Palavra seja mais e melhor anunciada, a fim de que ela alcance mais e mais pessoas e as conduzam no caminho da conversão, rumo à felicidade eterna.
Neste trabalho de modelagem do seu arco, que somos nós, os pregadores, podemos cair no risco de pensar que nossa carga está muito pesada, ou que Deus está sendo injusto, insensível às nossas dores e dificuldades. É neste momento que precisamos compreender pela fé que Deus está, nesta hora, envergando seu arco para que ganhe mais força. Pode parecer duro, dolorido, pesado, mas é neste momento que Deus prepara os seus profetas para atingirem metas maiores ou, como se diz, avançar para águas mais profundas. Pois, como vimos, o arqueiro (Deus) sempre exige o máximo do seu arco, mas respeita todos os seus limites.
Outro ponto ainda é o fato de Deus estar sempre com seu olhar voltado para seu povo. Seu olhar amoroso sempre o acompanha. Isto sugere e exorta os pregadores a perceberem-se apenas como instrumentos do lançamento da Palavra e não o seu fim. O objetivo de Deus ao vocacionar alguém para este serviço não é outro senão tocar o seu povo. Assim como a flecha parte do arqueiro para o alvo, a Palavra de Deus parte de Deus para seu povo.
E o arco? O arco apenas intermedia. O arqueiro poderia arremessar a flecha diretamente, mas sabe que se utilizar um arco dobrado a flecha chega mais longe. Os pregadores somos este arco dobrado. O Senhor poderia lançar sua Palavra diretamente, mas Ele deseja precisar de nós, porque sabe que um pregador “dobrado” por Deus pode alcançar muitos outros pelo seu testemunho.

CONCLUSÃO

Deus já é um excelente arqueiro, sempre com olhos sobre seu povo e desejoso de fazer com que Sua Palavra alcance todos os corações. O alvo – o povo de Deus – está aí para receber o toque da Palavra Sagrada. Embora, talvez, não se aperceba disso, mas o mundo tem fome e sede de Deus. Compete a nós, pregadores e a todos os batizados e evangelizados, nos tornarmos excelentes arcos. Nos deixarmos moldar por Deus, sem desanimar, mas trazer dentro de si o desejo ardente de cumprir o mandato que Jesus deixou a seus apóstolos e continuá-lo nestes tempos de hoje: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15).
Francisco Elvis Rodrigues Oliveira
Coord. Ministério Pregação – RCC Fortalez

Formação de Pregadores – Módulo 1


<<< A Pregação no Grupo de Oração >>>

A pregação no grupo de oração é um assunto que há muito tempo nos desafia. Primeiro, devido às nossas próprias limitações. Somos limitados em santidade, testemunho, formação bíblica, formação doutrinária e capacitação técnica para a comunicação. Segundo, porque a dinâmica do grupo é bastante exigente. O pregador tem somente de dez a quinze minutos para anunciar o evangelho com eficácia. Terceiro, porque o grupo recebe toda espécie de filhos de Deus. Lá vão pessoas equilibradas, saudáveis, bem encaminhadas na vida, que talvez buscam somente respostas para seus anseios espirituais. Junto com elas vão pessoas doentes do espírito, da alma e do corpo. Estas, além de necessitarem de ajudas espirituais, necessitam, em primeira mão, de soluções para depressão, desesperança, compulsão para suicídio, cefaléias, cardiopatias, doenças renais, nevralgias.
Seria ilusão ignorar os problemas relacionados com a humanidade dos freqüentadores do grupo de oração, para levar-lhes somente um ensinamento doutrinário, ainda que fosse perfeito do ponto de vista teológico. Tal atitude excluiria quase cem por cento das pessoas. O que fazer, então?
Para começar, poderíamos seguir o exemplo de Jesus. No seu tempo o povo sofria de males semelhantes aos que nos acometem nos dias de hoje. Certa vez ele estava pregando na entrada do templo, para ovelhas sem pastor, mais ou menos como as que vão ao grupo de oração. Ele não perdeu tempo com rodeios, utopias, ou outros devaneios. Foi direto às suas necessidades, pois sabia que buscavam soluções reais para problemas que as afligiam diariamente. E elas iam a Jesus porque sempre recebiam o que buscavam. Jesus tinha um jeito especial de atender a cada uma. Naquele dia, em especial, as autoridades do templo ficaram muito indignadas com os frutos da pregação do Senhor (Jo 7,28-47), pois inúmeras pessoas acreditavam nele, e muitas já pensavam que ele deveria ser o Cristo, o prometido do Pai, por isso enviaram soldados para prendê-lo. Os soldados o encontraram pregando ainda na porta do templo, e o ouviram dizer, entre outras coisas: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva”. Após a pregação, juntamente com muitos outros ouvintes, ficaram impressionados com o que ouviram, voltaram sem prender Jesus e disseram às autoridades:
“Jamais homem algum falou como este homem!…” Que pregação! Até os soldados que
foram prendê-lo desistiram da tarefa, após ouvi-lo. Jesus pregou eficazmente. Despertou a fé nos ouvintes e apontou-lhes a salvação, isto é, ele mesmo; abriu-lhes o coração para que recebessem as soluções que necessitavam. É que ele pregava a verdade de maneira simples, direta e ardorosa. Sua pregação era querigmática. Até quando exortava os fariseus era para que voltassem à razão e se convertessem. Pregações querigmáticas são todas aquelas relacionadas com os seguintes temas: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a fé, a conversão, o Espírito Santo e a comunidade, como fruto do Espírito Santo. Mas a pregação querigmática, por si só, não é garantia de eficácia. Para produzir fruto, ela deverá também ser ungida, ardorosa e entendida por quem dela necessitar. Como foi a pregação de nosso Senhor Jesus Cristo, deverá ser a nossa.

<<< Conceito de Pregação e Ensino >>> 
a) Pregação

- É o anúncio do Evangelho, sob a unção do Espírito Santo, mediante o uso dos recursos e métodos da oratória e da retórica.
= Retórica: Estudo do uso persuasivo da linguagem, em especial para o treinamento de oradores.
= Oratória: arte de falar em público.

b) Ensino

- É a transmissão da Doutrina Cristã, também sob a unção do Espírito Santo, mediante o uso de recursos e métodos pedagógicos.

c) Distinção entre ensinos e pregações
- Pregação
= Oratória, eloqüência (Mc 16,15).
-
Ensino
= Didática, muitos recursos e técnicas metodológicas (At 18,25; Tt 2,1).

2. DISTINÇÃO ENTRE PREGADOR E FORMADOR

a) Pregador
- É a pessoa chamada por Deus, direta ou indiretamente, para anunciar e testemunhar o Evangelho, na modalidade de primeiro anúncio.
- É o arauto de Jesus, é o embaixador de Deus, é aquela pessoa especialmente escolhida para falar em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
b) Formador
- É a pessoa também chamada por Deus, direta ou indiretamente, para ensinar, transmitir a sã doutrina, àqueles que já receberam o primeiro anúncio do Evangelho.

3. OBJETIVOS DE PREGAÇÕES E ENSINOS 

a) Pregação
- Colocar as pessoas em contato com Jesus Cristo ressuscitado, a fim de que
tenham a oportunidade de experimentar o amor de Deus e a salvação de
Jesus.
b) Ensino
- Oferecer aos irmãos conhecimentos sólidos e seguros sobre nossa doutrina, a fim de que perseverem no caminho da salvação.
4. EFEITOS DA PREGAÇÃO E DO ENSINO NAS PESSOAS QUE OS OUVEM
a) Pregação
- Atinge mais a emoção e os sentimentos dos irmãos e menos o raciocínio e a razão.
b) Ensino
- Atinge mais o raciocínio e a razão dos irmãos e menos os sentimentos e as emoções.
5. EMPREGO DE PREGAÇÕES E ENSINOS
a) Pregação
- Em temas querigmáticos (para todas as situações)
- Em temas catequéticos (para muitas pessoas, para encontros abertos).
b) Ensino
- Para temas catequéticos ministrados a pouca gente
= “Pouca gente”, expressão entendida como uma quantidade de pessoas que possibilite a aplicação de dinâmicas e o emprego de variadas técnicas de ensinos.
6. PREGAÇÕES E ENSINOS MISTOS
- É possível, e às vezes ideal, pregar ensinando e ensinar pregando.
- É importante usar pregação e ensino como estilos diferentes, como formas de variação.
- Em temas querigmáticos não é bom combinar pregação e ensino, principalmente quando se prega nos grupos de oração.
<<< Características do perfil do pregador >>>
O pregador é uma pessoa de fé e de oração; batizada no espírito (cf. At 9, 17); conduzida pelo Espírito (cf. At 16, 6-10); paciente e perseverante diante das perseguições (cf. At 5, 41); que testemunha a ressurreição de Jesus; que é membro do Corpo Místico de Cristo; que está inserida na realidade de seu povo, que é responsável, íntima de deus, de coração simples; é pessoa , a visão do plano de Deus (Ef 3, 17-19; Gal 1, 15-16), o zelo pelo Evangelho. O pregador leva as pessoas a Jesus, busca o dom da fé, ama e perdoa as traições e perseguições dos irmãos, aceita e pratica os dons carismáticos, prega com o poder no espírito, vive o que prega, fala a verdade, busca a formação.
Reflexão:
Como você tem reagido diante das características acima?
A)                    O Pregador é inserido na realidade de seu povo
Como profeta que anuncia a Boa Noticia do reino do Pai, mas também que denuncia as más noticias que afligem os filhos de Deus, o pregador não se aliena com a realidade que o cerca, mas vive engajado no meio social em que está. Com sabedoria e equilíbrio, pauta seu viver pela palavra de Deus, testemunhando Jesus em todos os lugares.
O pregador deve estar inserido da realidade de sua assembléia: prostituição, pobreza, desemprego, corrupção, falta de esperança. Para que sua pregação console, edifique e exorte de uma maneira mais eficaz.
B)                    O Pregador é responsável, paciente e perseverante
O pregador tem de ter responsabilidade para preparar com antecedência suas pregações, para assumir uma formação permanente, para ser fiel aos compromissos assumidos, tudo fazendo por meio da oração pessoal, do jejum, da participação dos sacramentos, da penitencia.
Antes mesmo dos outros sinais, como os prodígios, os milagres, a paciência pode aparecer como o primeiro sinal que confirma o ministério do pregador. É preciso perseverar no serviço com paciência sabendo esperar o momento exato da hora de Deus. E isso é um dom do Espírito Santo.
C)                    O Pregador é intimo de Deus
É impossível amar alguém sem conhecê-lo. É necessário que haja uma proximidade muito grande que faça nascer a intimidade que vai proporcionar o conhecimento, a confiança, fortalecendo, assim a amizade. Assim é também com Deus, precisamos ter intimidade com ele e isto não acontecerá sem não sentarmos aos Seus pés, senão ficarmos com Ele, se não nos relacionarmos com Ele. Para podermos fazer a vontade do Senhor, como pregadores,  precisamos ter vida de oração. Somente ficando com Ele, poderemos amá-lo, escutá-lo, conhecê-lo e assumir como nosso os seus planos de amor.
Corremos o risco de fazer igual a Samuel (I Samuel 3, 1-10), servir ao Senhor sem escutá-lo, sem saber qual é a sua vontade. Samuel já servia ao Senhor, mas não O conhecia de fato. Faz-se necessário ser intimo do Senhor para que sua vontade seja realizada em plenitude.
D)                   O pregador é pessoa de fé
O pregador tem de ter uma fé madura que o leve à adesão incondicional a Deus e que o faça amar a Igreja de Jesus Cristo com tudo o que ela tem. Não se conhece um pregador que tenha dúvidas quanto à Doutrina Apostólica, resistência em obedecer a hierarquia da Igreja, resistência quanto aos dogmas da Igreja, tendências cismáticas ou heréticas. Não podemos pregar o que achamos, temos de pregar o que Deus revelou nas escrituras, sob o discernimento da Igreja. O pregador teve ter o cuidado para não cair na livre interpretação e distorcer a mensagem da palavra de Deus. Deve-se portanto ter zelo e amor pela palavra fonte da nossa fé.
E)                    O Pregador é Homem de Bem-Aventuranças
Em Mateus 5, encontramos traços bem delineados que precisam estar marcados no pregador:
  • Coração pobre: Deus é a única riqueza do pregador e ele não o troca por nada. O Pregador que tem coração de pobre está sempre disposto a aprender, a ouvir outros pregadores, nunca está cheio de si porque tudo o que faz é para a glória do Senhor.
  • Aquele que chora: o pregador é aquele que fala movido pela compaixão do povo que sofre, que chora junto com o povo, que não fica alheio aos seus sofrimentos e angustias. Através da pregação repleta de unção: ampara, consola, exorta e ama esse povo no Senhor.
  • É manso: o pregador sabe ser dócil, compreensivo, carinhoso, manso em qualquer situação, sem perder sua postura de pregador.
  • É misericordioso, tem o coração puro, é justo.
  • É pacifico: ser pacifico não significa ser fraco, mas saber lidar com as situações de brigas, de ressentimentos, de desamor, para que se restaure a harmonia, a paz, o perdão e o amor.
F)                     O Pregador usa dos carismas
“Em verdade, em verdade vis digo: aquele que crê em Mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai”. (Jô 14, 12)
G)                   O pregador é membro do corpo místico de Cristo
O pregador que é intimo de Cristo, torna-se membro Seu, onde Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Pelo nosso batismo, crisma e eucaristia, já somos membros de cristo, porém é necessário tomar posse e aprofundar-se na mística de Jesus.
H)                   O Pregador tem visão do Plano de Deus
O Conhecimento do plano de Deus apresenta-se em duas partes que se completam: uma, no sentido geral, já revelada na Sagrada Escritura: a outra, em caráter particular, diz respeito à vontade de Deus para o pregador. Neste Jesus revela ao pregador o que ele deve fazer qual sua missão pessoal no contexto do plano geral.
Reflexão:
1. Você está inserido na realidade do seu Grupo?
2. É responsável no Grupo ou com os compromissos que assume?
3. Tem buscado ser intimo de Deus pela oração pessoal?
4. A sua fé está fundamentada na Doutrina da Igreja?
5. Tem exercitado as bem-aventuranças?
<<< Forjando nosso perfil >>>
Igualar-se a Jesus é tarefa sobre-humana. Quase tão difícil é assemelhar-se a Paulo ou Apolo. É necessário, porém, que busquemos possuir um perfil semelhante ao deles para que, através da força do Espírito Santo, possamos  dizer como São Paulo:
“Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo.” (Fil 3, 12).
A sagrada Escritura fornece o caminho que devemos percorrer para a formação do nosso perfil. Caminho da cruz e da renuncia de si mesmo (Mt 16, 24), da consagração total (Lc 1, 15; 3, 2; Jô 3, 30), da conversão (At 9, 6) e da busca da santidade:
  • Caminho da Cruz e da Renuncia
Aceite a cruz em si mesmo com tudo o que ela significa, a começar pela própria negação de si, vai contra as fibras mais profundas do nosso ser. Não aceitar a sua cruz significa não aceitar Jesus como seu Senhor. Por isso essa aceitação é dom do Espírito Santo, pois não podemos efetivá-la somente com nossos esforços.
  • Consagração
A consagração é necessária para que haja espaço em nossa vida para ação do Espírito Santo. Sem a consagração não há porque moldar o perfil do pregador ao perfil de Jesus.
  • Conversão
É o Espírito Santo quem dá a graça da mudança interior (metanóia), seja nas emoções (exterior), nos sentimentos (interior) ou mesmo na maneira de pensar, julgar e agir.
<<< Avaliando o nosso Perfil >>>

Veremos alguns critérios para avaliar o nosso perfil, para podermos inclusive, saber onde nos empenharmos com mais esforço. Esses critérios são: amor, prontidão, aceitar que Jesus seja a motivação das pessoas e formar outros pregadores.
  • Amor
O amor é marca mais sublime do perfil do pregador. Jesus olhava para a multidão e simplesmente amava com seu olhar, suas palavras eram carregadas de profundo amor e compaixão. Jesus curava pelo amor, libertava pelo amor. O Pregador também precisa amar, porém de uma maneira mais profunda, não basta amar como a si mesmo, o pregador tem de amar como Jesus amou e ama.
O pregador não pode deixar de amar alguém pela sua condição social, cultural ou intelectual, ou ainda por brigas, desavenças ou divisões. O Pregador deve ser aquele que dá o primeiro passo, pois ele não prega somente com as palavras, mas também com o testemunho.
  • Prontidão
O Pregador tem de estar sempre disposto para anunciar a palavra do Senhor. Renunciar a própria vontade ou interesses, para proclamar com ousadia, autoridade, intrepidez.
Nunca colocar obstáculos devido às deficiências de estrutura física em certos lugares, deve-se sem dúvida, planejar o local afim de que o ambiente seja o melhor possível para anunciar a palavra.
Não escolher lugares por conveniências, o pregador deve ir onde for solicitado para que todos escutem o anuncio do Senhor.
  • Aceita que Jesus seja a motivação das pessoas
Ás vezes, o pregador cai em armadilhas invisíveis. Uma delas é a tentação de querer para si a glória que pertence a Jesus. Isso acontece quando o pregador deseja o reconhecimento de seus méritos. O pregador deve agradecer a Jesus tanto pelos elogios como pela sua falta, aceitando com mansidão e afabilidade as críticas recebidas seja do coordenador, ou da comunidade que confirma.
  • Forma outros pregadores
A opção pastoral de Jesus foi formar discípulos que fossem capazes de continuar sua missão. Jesus formou discípulos pregadores, se assim não fosse a mensagem do Evangelho não teria atravessado dois mil anos.
É importante que o pregador tenha consciência da necessidade formar outros pregadores e se empenha neste trabalho.
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mac 16, 15)
<<< Como organizar a pregação >>>

  1. 1.         Considerações
Uma vez que a mensagem foi selecionada e sabemos qual objetivo precisamos atingir, devemos, então elaborar um plano, estabelecendo uma estratégia que nos permita chegar ao que propomos. Isso é o que significa organizar a pregação.
Uma mensagem, mesmo sendo muito boa, se desvirtua, se não está bem organizada, isto é, ela se perde numa pregação desorganizada. A organização da mensagem é como a tática que se deve seguir para ganhar uma partida de futebol. Pode-se jogar dando somente pontapés na bola; porém, as equipes que conquistam o título são as que tem a s melhores estratégias. Portanto chutar elementos, sem o mínimo de organização, não produz efeito nenhum. Existem diversas maneiras de se organizar uma pregação: exórdio, desenvolvimento e conclusão.
1º) Exórdio:
a)Introdução: tem como objetivo animar o auditório para ouvir o que irá ser pregado. Visa captar a tenção de todos e fazer com que se sintam privilegiados por estarem ali.
b)Motivação inicial: é a exposição geral do tema a ser pregado. Pode ser através de uma citação bíblica, mas não deve ser longa. Deve conter uma plano abrangente com três ideais, no máximo, para evitar dispersão e confusão.
2º) O Desenvolvimento:
É o corpo da pregação, sua parte mais longa. Nesta parte da pregação as idéias expostas anteriormente são trabalhadas uma a uma, buscando formar um “todo” compreensível ao auditório. Compõe-se de:
a) Enunciado: continuidade da motivação inicial. Deve conter de forma precisa e breve toda a mensagem que se quer dar.
b) Argumentação: explicação do que se deseja, alinhando argumentos que confirmam a mensagem, argumentos esses bíblicos, teológicos, filosóficos e vivenciais.
c) Aplicação: é a parte que valoriza a mensagem, pois o pregador inclui o auditório na pregação que está fazendo. Deve conter exemplos que tornam possível o que se fala.
3º) Conclusão
a) Resumo: reúne os temas pregados dando uma visão geral. Deve ser o “gancho” para o imperativo.
b) Imperativo: exortação final que contém: desafio, exortação, e chamamento. Deve provocar uma atitude no auditório em relação ao que se pregou.
c) Oração Final.

Esquema Geral:

Da passagem a ser pregada seleciona-se três versículos bíblicos, aos quais sob a ação do Espírito você julga ser o mais importante. De cada versículo extrai-se ainda uma palavra chave. Vale ressaltar a importância da pregação ter inicio, meio e fim, um alvo a ser acertado. Se o Tema é Senhorio de Jesus, no final da pregação a pessoa deve star motivada a ter Jesus como Senhor. Os versículos a serem trabalhados devem apresentar uma ordem lógica de raciocínio, harmonia e coerência.
As sub-chaves são as ideais desenvolvidas na chave principal. Depois na conclusão reapresentar rapidamente a lógica das três chaves e fazer em seguida o imperativo (desafio, exortação, chamamento)

I – INTRODUÇÃO
(parte única)
II – DESENVOLVIMENTO
1. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
2. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
3. ITEM (idéia chave)
a) Subitem
b) Subitem
c) Subitem
III – CONCLUSÃO
1. PERORAÇÃO
2. ORAÇÃO FINAL
2. A Inspiração

Deve-se contar com a graça de Deus para pregar, uma vez que este é um ministério sobrenatural. A inspiração (unção) se traduz na vida interior do pregador, por isso ele deve estar atento ao sopro do Espírito. O pregador não deve caminhar além daquilo que foi preparado, rezado e inspirado (I Cor 2, 1-5).
Fontes Primárias: Sagrada Escritura, Sagrada Tradição, Documentos da Igreja.

Fontes Auxiliares: Experiência própria, experiência dos irmãos, Ciências Modernas (Antropologia, Psicologia, História, Medicina, Sociologia, Geografia, Botânica, Zoologia), Natureza, Fatos da Vida.

Meios de acesso às fontes:
- inspiração do Espírito Santo
Deus age através da nossa natureza (imaginação, criatividade, inteligência)
- revelação privada
- recordação do que aprendemos
- Livros espirituais
- Moção
Preparação da pregação: Estar em sintonia com Deus (oração mental, louvor).
1. Perguntar a Deus o que ele quer que preguemos.
2. Esperar a resposta de Deus.
3. Formas de resposta de Deus:
- através dos dons carismáticos (ciência, profecia, imagens / visualizações)
- inspirações (idéias que recebemos do Espírito Santo, mas que não se enquadram na definição de profecia).
- moções (o Espírito Santo nos move, nos impele por meio da nossa natureza, colocando em nós desejo de fazer algo. É parecido com intuição. Na preparação do ensino ele nos impele para textos da Sagrada Escritura, de documentos da Igreja, de diversos livros espirituais, para fotos da vida, enfim para qualquer uma das fontes já citadas).
- Recordação: do que sabemos ou lemos.
  1. Anotar tudo o que pensamos que pode ser de Deus
  2. Discernir para saber o que é de Deus.
  3. Ver se as idéias estão de acordo com a sagrada Escritura, com a Doutrina, a Tradição da Igreja, o Magistério e se vai faze bem a comunidade.
  4. Organizar com o Dom da sabedoria o que foi anotado.
  5. Dependência total do Espírito Santo de Deus.
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1. Antes da Pregação
a)      Apresentação física:
Se o pregador se apresenta de qualquer jeito, com uma  aparência descuidada (cabelos despenteados, roupa amarrotada, sapatos sujos, etc), isso pode ser um obstáculo para que as pessoas aceitem a mensagem. A apresentação do pregador deve ser adequada ao público que irá pregar.
b)      Reconciliar-se com Deus
Se a apresentação exterior é importante, a interior é muito mais. Para não dar brecha a nada, principalmente ao inimigo, o pregador deve perdoar e pedir perdão, purificar suas intenções e motivações, ou seja, deve estar em harmonia com Deus, buscando, então, “viver sempre contente; orando sem cessar; em todas as circunstancias dando graças a Deus”.
c)      Tempo
O pregador deve estar no local algum tempo antes do horário marcado não só para evitar correria, desassossego, perturbação, mas também para observar algum detalhe do local que possa aproveitar em sua pregação. Deve aproveitar ainda este tempo para ficar um momento a sós com o Senhor, se enchendo de Seu poder e Sua autoridade.

2. Durante a pregação
a)      Tomar autoridade
Diante do auditório o pregador deve tomar autoridade no nome do Senhor. Se o público é grande ou não, se há autoridades religiosas presentes, tais fatores não devem perturbá-lo.
b)      A voz:
Usa-se a voz como a palavra escrita de um jornal que contém todo tipo de letra: pequena, grande, cursiva, normal, negrita. De igual maneira, há coisas para ser dita ora com força, ora com suavidade, ora lentamente, para chamar a atenção, realçar, enfatizar, aclarar. O pregador tem de saber dar ênfase onde é preciso, levantando ou abaixando a voz, dando uma tonalidade mais brilhante, e pronunciando bem as palavras para que as pessoas entendam o que ele diz.
É preciso ter cuidado para que a voz não seja demasiado estudada, pois parecerá falsa; não seja tímida, tremida nem insegura, para que não se apóie em vícios como: né? me entendem? Tudo que é artificial deforma a pregação.
c)      Os olhos
O pregador não deve voltar-se para uma janela, por exemplo, e olhar quem passa, pois isso distrai os ouvintes, como também pregar olhando constantemente o relógio, pois deixará os ouvintes incomodados. Veja as pessoas, passe seu olhar sobre todas. Não abaixe os olhos e nem o pregue no teto, mas, tranqüilamente, olhe nos olhos dos seus ouvintes vendo-os com tranqüilidade e serenidade. Fale sempre para os detrás, porque assim seu tom de voz torna-se mais forte. Se olhar somente os da frente seu tom de voz será mais moderado e nem todos os ouvirão. Falando para os de trás os da frente o ouvirão com certeza.
d)      O rosto
É necessário que o pregador suavize a expressão de seu rosto para que não assuste nem intimide os ouvintes, sendo coerente no que está fazendo. O rosto é reflexo do coração que deve estar sereno e transmitindo paz. Rostos enojados ou mal-humorados não são compatíveis com o ministério de pregador.
e)      As mãos
Devem servir para desenhar o que o pregador está dizendo. Portanto, nunca pregar com as mãos no bolso ou segurando algum objeto, para se ter liberdade de movimento.
f)        O corpo
Toda a sua pessoa é comunicadora de uma mensagem. Não exagerar com movimentos bruscos durante toda pregação, não coçar-se, não fumar e não mascar chicletes, não recostar-se numa coluna ou parede.
O pregador pode usar do espaço físico que ele tem para se movimentar, porém deve se ter o cuidado para não ficar de um lado para o outro durante toda a pregação.
g)      Os pés
O pregador deve colocar-se bem, mantendo os pés de forma que lhe de equilíbrio, tomando cuidado com o cabo do microfone.
h)      A respiração
É a bateria que alimenta de energia a voz, sendo porém para o pregador fator importante. Assim é conveniente antes da pregação respirar profundamente varias vezes.
i)        Tempo
É importante o cuidado com o tempo, evitando-se olhar no relógio a toda hora, e também ultrapassar o tempo com pregações longas.
Critérios para a avaliação da pregação
1. Saudar a assembléia
2. Apresentar-se
3. Oração inicial
4. Anunciar o tema
5. Ter um esquema básico
6. Ser direto
7. Ser atual
8. Falar claro
9. Usar bem a expressão corporal
10. Ter um tom de voz variado
11. Usar a Bíblia
12. Chamar a atenção da assembléia (Não é bronca)
13. Comunicar-se
14. Ser favorável na dicção
15. Testemunho de vida pessoal
16. Cumprir o tempo (não ser prolixo)
17. Atingir o objetivo proposto
18. Levar a assembléia a comprometer-se.
Bibliografia da Pesquisa:
Seminário de Formação de Pregadores
Formação de Pregadores – Secretária Pedro 2ª Ed.
Organização dos temas, edição e complementação:
Alexandre Borges

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Manual Prático de Combate Espiritual

Vivemos em um tempo de muitos conflitos, seja de ordem social, política ou moral. Ouvimos rumores de guerras, terrorismos e todos os tipos de violências em todos os lugares. Porém, nosso maior conflito é de ordem espiritual. Paulo em sua epístola aos Efésios exorta-nos: “pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os espíritos dirigentes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nos ares (Efe 6, 13).
 Estamos vivendo sem duvida alguma um Combate Espiritual, ou seja, a luta do espírito contra a carne, a realidade espiritual contra a realidade temporal. Devemos lutar para que à vontade da carne não prevaleça, e sim à vontade do espírito, o maligno, porém, é esperto, sabe como se introduzir no sentido, na imaginação e na libido, através de uma lógica utópica, contudo, não podemos deixar-nos enganar e aceitar as tentações que ele nos apresenta.
Enquanto estivermos neste mundo seremos tentados, “a vida do homem na terra é uma contínua tentação” (Jó 7, 1). Assim como o fogo prova o ferro, a tentação prova o justo, devemos, pois, resisti-las “com orações e súplicas de toda a sorte…”(Efe 6, 18). Nenhum homem está livre de ser tentado, pois já nascemos com inclinações ao pecado: “eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado” (Sl 50, 7). Entretanto, temos a certeza que não seremos provados acima de nossas forças, como São Paulo nos assegura em (1 Cor 10, 13).
Para resistir às tentações temos duas opções: fugir das ocasiões de pecado ou resisti-las com orações. Evitar as ocasiões de pecado não basta, é necessário arrancá-las, queimá-las no fogo do Espírito, por isso devemos ter uma vida de oração. Dessa forma, percebemos que uma completa a outra.
A batalha é árdua, ao mesmo tempo em que temos de lutar contra nós mesmo (más inclinações), pois somos fracos de vontade, faz-se necessário lutar contra as potências inimigas, que ao nosso redor ladra como um cão feroz, procurando a quem devorar. Ser vigilantes, nos tempos atuais é de extrema importância: “vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Mat 25, 13).
Resiste no principio,
Tarde chega o remédio
Se já, por largo tempo,
A mal lançou raízez.
O inimigo nunca chega de uma vez, apresentando-nos uma grande tentação. Ele é astuto, pois sabe que se assim fizer resistiríamos, ele primeiro nos oferece um simples pensamento, depois uma importuna imaginação, logo o desejo, o movimento desordenado, por fim o consentimento da vontade. A Bíblia Amplificada traduz: “Orai em todo tempo – em cada ocasião, em cada época – no espírito, com toda (maneira de) oração e súplica”. Se não vigiamos com orações o inimigo aos poucos vai conquistando o nosso coração até tomar posse de tudo.
Como em uma guerra é importante, conhecer o inimigo, as armas que possuí, quais as formas de ataque que ele utiliza. Neste Combate Espiritual devemos seguir as mesmas regras, as principais formas de ataque de satanás são:
- convencer-nos que ele não existe: engana-se quem acredita que essa tática do maligno é “furada”. Para muitos hoje, o demônio não passa de uma figura mitológica, medieval, folclórico que existiu no passado. Hoje, infelizmente, existem teólogos e exegetas que negam até mesmo os exorcismos de Nosso Senhor. Dos 105 exorcistas franceses, apenas 5 acreditam na existência do demônio, como nos traz o Padre Amorth, no seu livro Exorcismos e Psiquiatras. Algumas citações: (Mat 4, 1.10-11) / (Mac 3, 11) / (Jo 13, 26b-27a).
- vermos demônio em tudo e em todos: este é outro perigo, começamos achar que tudo de ruim que nos acontece é motivado pela sua presença.
- pelo medo: nenhum medo vem de Deus, por isso devemos renunciá-los. Os medos são portas abertas para o inimigo agir em nossas vidas. “O senhor é meu pastor e nada me faltará” (Sl 22, 1).
- Pela culpa, real ou imaginária: o papel de acusador cabe ao demônio (Sl 109,6; Zc 3, 1-2;), (especialmente dos pecados passados), porém não há pecado que Deus não perdoe, “Teus pecados estão perdoados!” (Mc 2,5; Lc 7,48).
- Por nossas emoções (para nos manter voltados para nós mesmos).
- pela mentira, divisão, criar desconfianças, semear desarmonia; deformar, distorcer e aumentar os fatos, de moda a criar um abismo entre os irmãos.
No mundo, Satanás age levando a perdição nas famílias, a desestruturação de governos através da corrupção, da sociedade materialista, da pornografia, do homossexualismo, do adultério, da fornicação e tantas outras formas.
O dia em que o senhor voltará, está próximo, por isso o inimigo tem tentado destruir o plano de Deus (a salvação dos homens) de todas as formas. Será difícil vencer a batalha utilizando pequenas armas, enquanto o inimigo utiliza de canhões. Indubitavelmente a vitória já foi conquistada na Cruz, porém o maligno quer tirar de nós esta vitória, e ele só irá conseguir se nós entregarmos a ele.
É necessário mantê-la conosco, defendendo-nos de seus ataques. “Mas em todas essas coisa somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 37). Essa defesa se dará com poderosas armas espirituais que Deus nos concede:
O Santo Rosário – Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios …. Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis,  de 29 de setembro de 1937).
O Jejum – Diz Santo Atanásio: “Queres saber o que o jejum faz? […] Expulsa os demônios e liberta dos maus pensamentos, alegra a mente e purifica o coração”. (INSTRUMENTUM LABORIS).
A Eucaristia – “ela é o antídoto que nos liberta de nossas faltas cotidianas e nos preserva dos pecados mortais”, é p alimento da alma, união verdadeira com Deus, nela encontramos reconciliação e redenção, “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (Joã 7, 51).
A Palavra de Deus – cada palavra da Bíblia está dotado de poder, Jesus curava pelo poder da palavra, se queremos ser curados, libertos, cheios de Espírito de Deus, devemos ter lê-la.
Extraído do livro: Orações de Combate Espiritual, de Alexandre Borges

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SANTA MISSA

Na hora da morte, as Santas Missas que tiverdes ouvido devotamente serão vossa maior consolação.
Deus vos perdoa todos os pecados veniais que estais determinados a evitar. Ele vos perdoa todos os vossos pecados desconhecidos que jamais confessáreis. O poder de Satanás sobre vós é diminuído.
Cada Missa irá convosco ao Julgamento e implorará por perdão para vós.
Por cada Missa tendes diminuída a punição temporal devida a vossos pecados, mais ou menos, de acordo com vosso fervor.
Assistindo devotamente à Santa Missa, rendeis a maior homenagem possível à Sagrada Humanidade de Nosso Senhor.
Através do Santo Sacrifício, Nosso Senhor Jesus Cristo repara por muitas de vossas negligências e omissões.
Ouvindo piedosamente a Santa Missa, ofereceis às Almas do Purgatório o maior alívio possível.
Uma Santa Missa ouvida durante vossa vida será de maior benefício a vós do que muitas ouvidas por vós após vossa morte.
Através da Santa Missa, sois preservados de muitos perigos e infortúnios, que de outra forma cairiam sobre vós. Vós encurtais vosso Purgatório a cada Missa.
Durante a Santa Missa, vós ajoelhais entre uma multidão de santos Anjos, que estão presentes ao Adorável Sacrifício com reverente temor.
Pela Santa Missa sois abençoados em vossos bens e empreendimentos temporais.
Quando ouvis a Santa Missa devotamente, oferecendo-a ao Deus Todo-Poderoso em honra de qualquer Santo ou Anjo em particular, agradecendo a Deus pelos favores dispensados nele, etc., etc., vós conseguis para aquele Santo ou Anjo um novo grau de honra, alegria e felicidade, e dirigis seu amor e proteção especiais para vós.
Toda vez que assistis a Santa Missa, entre outras intenções, deveis oferecê-la em honra do Santo do dia.
São Leonardo de Porto Maurício
Imprimatur + Michael Augustine
Archbishop of New York, Jan 2, 1890.
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POMO  DE  DISCÓRDIAS
         A mãe de Jesus deveria ser fator de união entre os cristãos. Jesus entregou-a para ser a Mãe de seus irmãos. “Eis aí a tua mãe”  (Jo 19, 27). Mas de fato existem sérias divergências por parte das comunidades reformadas. Estas, repetidas vezes se manifestam contra o  marianismo católico. As incompreensões são advindas, não mais por parte das cabeças pensantes e das grandes lideranças dos assim chamados evangélicos (que reconhecem a origem bíblica da nossa devoção), mas provém de representantes do “segundo escalão”. O coração mariano dos católicos os tira da boa convivência ecumênica. Num gesto de desdém nós poderíamos ignorar tais incursões, e considerá-las afrontas à liberdade religiosa, direito garantido pela nossa Constituição. Mas, realmente, nós nos sentimos incompreendidos. Não nos conformamos quando vemos pessoas que muito amam a Jesus, e no entanto, sentem vertigens diante da maternidade universal de Maria.  Existem, diante do marianismo, dois sérios perigos.
         O primeiro perigo é o que na prática médica se chama de hipertrofia. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, quando exercitamos muito um determinado músculo. A resultante será um desenvolvimento muito acentuado de tal músculo. Isso ocorre com os nadadores, cujos músculos braçais tanto crescem – devido ao repetido exercício – que mais parecem músculos da coxa. O mesmo acontece com o movimento mariano dos católicos. Quanto mais nossos irmãos, de corte protestante, nos criticam a respeito de Maria, tanto mais nós afirmamos sua excelência e sua  verdade bíblica. E assim, do nosso lado, podem acontecer exageros, que ultrapassam a sã teologia mariana. Fomos convidados, em 1975, por Paulo VI, a seguirmos um caminho de autenticidade mariana (“Marialis cultus”). Mas em grande parte, bastaria que os irmãos separados parassem de nos criticar, para tudo entrar nos eixos. Mas existe o fenômeno inverso: a atrofia. Trata-se da redução de um órgão inativo. Por exemplo, quando engessamos uma perna, por muito tempo, o resultado que aparecerá é os músculos perderam massa. Só muito exercício terá a capacidade de recuperar a normalidade dos movimentos. Será que não existem pessoas que, por falta de abertura ao marianismo, atrofiam parte da mensagem cristã? “O Senhor guarda a todos os que o amam”  (Sl 1445, 20).
Dom Aloísio Roque Oppermann scj  -  Arcebispo de Uberaba, MG
                   Endereço eletrônico: domroqueopp@terra.com.br
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Amados irmãos
Quero partilhar com vocês a maravilha que foi a primeira reunião do ministério; Aqueles que estiveram presentes viram que tivemos uma resposta satisfatória visto que contamos com a presença de mais de 30 pessoas dispostas a servir ao Senhor através do nosso ministério. No ínicio o Senhor nos falou através de palavras de ciência e visualizações nos levando a clamar um avivamento  que começa pelo anúncio da palavra de Deus.
Partilhamos um pouco sobre Icor 9,16-17, sobre a necessidade de estruturação do ministério e como serão as nossas reuniões. Finalizamos com um louvor ao nosso Deus e clamando o sangue de Jesus na vida dos nossos irmãos rezando uns pelos outros.
É bom lembrar a todos que a proxima reunião está marcada para o dia 20/09/09 às 14:30 hrs; O local ainda não está definido.
Que o nome do Senhor Jesus seja sempre exaltado, Aleluia!!! 
Por: Maxwéll Lucas dos Santos Pereira ( Coord. Diocesano do Ministério de Pregação)
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“OBJETIVIDADE NA PREGAÇÃO”
Você ao ir pregar, tem claro qual é o objetivo da sua pregação?
Ao receber o texto Bíblico, você procura nele uma idéia central?
Toda pregação precisa ter um foco, que é a vontade do que Deus quer trabalhar na vida das pessoas que se encontra no grupo de oração daquele dia. Por mais que a palavra que irá ser pregada tenha muitas outras idéias interessantes, não podemos atirar para todos os lados ou ficar rodeando entre outros assuntos, precisamos seguir e aplicar aquilo que é nosso objetivo.
Pois Deus tem um único propósito e este precisa acontecer, por isso, devemos perguntá-lo e procurar ouví-lo através de uma escuta profética. O nosso trabalho é uma missão árdua, que exige de nós essa escuta de Deus e docilidade ao que ele nos fala. Somente boas idéias não são capazes de transformar a vida das pessoas, agora, uma pregação centrada na palavra de Deus, sem rodeios e com um objetivo claro, isso sim, é transformador.
Tanto, que quando você acabar sua pregação, as pessoas irão saber dar uma resposta consciente dentro da vontade de Deus, e isto com certeza, produzirá muitos frutos. Portanto, vá para sua pregação sabendo qual é objetivo de tudo o que você vai falar e rezar; chegar lá com dúvidas, achando que Deus vai te iluminar como num “passe de mágica” é falta de responsabilidade.
Um abraço e boa sorte.
Jose Arnaldo Marcelino
Membro do Núcleo Diocesano do Ministério de Pregação de Uberlândia


“Jejum, o alimento que sacia a fome de Deus”.
O autodomínio acaba sendo também uma vitória
Até há alguns anos, todos os católicos aprendiam, quando crianças, os cinco mandamentos da Igreja. Um deles tem a seguinte formulação: “Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Mãe Igreja”. Escrevi “até há alguns anos”, porque após as reformas litúrgicas acontecidas na segunda metade do século passado, a situação não ficou sempre clara na mente de muitos católicos. A maioria que ainda acredita no valor da penitência, pensa que os dias de jejum e abstinência de carne foram reduzidos a apenas dois: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa. Jejum, para quem está entre os 18 e os 60 anos; abstinência, para os que superaram os catorze anos.
Contudo, não é bem isso que prescreve o Código de Direito Canônico, sancionado pelo Papa João Paulo II, em 1983: «Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do ano e o tempo de Quaresma» (Cân. 1250).
Em 1986, a “Legislação Complementar” ao Código de Direito Canônico, redigida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, retomou e detalhou a orientação dada pela Santa Sé: «Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis, nesse dia, se abstenham de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação, nestes dias, na Sagrada Liturgia».
Qual o sentido e o valor de normas como estas, em pleno século XXI? A resposta é simples: aumenta cada vez mais o número de médicos e psicólogos que olham para o jejum e a abstinência como uma das melhores terapias para a saúde física e mental. Não apenas a obesidade, mas principalmente a ansiedade e a depressão crescem e matam quando se tenta superar o vazio existencial pelos três ídolos da modernidade: o ter, o prazer e o poder.
Quem realiza o ser humano é sempre e somente o amor, o qual, quando verdadeiro, vem de Deus, é gratuito, busca o bem da pessoa amada e liberta quem o vive. Em contrapartida, ele não passa de uma máscara se não se percorre um caminho de conversão e santidade. É precisamente esta a função da penitência, do jejum e da abstinência. Com eles, o que se verifica é um salto de qualidade na vida da pessoa, libertando-a das amarras e dos pesos que a impedem de captar os apelos de Deus e dos irmãos. Se o alimento sacia a fome do corpo; o jejum sacia a fome da alma.
Como toda disciplina, o autodomínio na comida e na bebida acaba sendo também uma vitória sobre a cultura do consumo e do materialismo – que, aliás, não é de hoje, se já o salmista a detectava em seu tempo: «Não dura muito tempo o homem rico e poderoso; é semelhante ao gado gordo que se abate. Este é o fim do que espera estultamente, o fim daqueles que se alegram com sua sorte: são um rebanho recolhido ao cemitério, e a própria morte é o pastor que os apascenta; são empurrados e deslizam para o abismo» (Sl 49,13-15).
O verdadeiro jejum, porém, vai muito além… da comida e da bebida. Se «a lei e os profetas se resumem no amor a Deus e ao próximo» (Mt 22,40), para o jejum não é diferente. É o que assevera o próprio Deus, através do profeta Isaías: «O jejum que prefiro é este: acabar com as prisões injustas, libertar os oprimidos, romper com a escravidão, repartir o pão com o faminto, acolher os pobres e peregrinos, vestir os nus e não se fechar à própria gente. Se assim você fizer, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas sararão rapidamente, e quando você invocar o Senhor, ele o atenderá; você pedirá socorro e ele dirá: Eis-me aqui» (Is 58, 6-9).
Para acolher e viver o amor de Deus, o coração precisa estar limpo e livre. É esse o papel que Santo Agostinho atribui ao jejum: «O vazio precisa ficar cheio. Você conseguirá se encher de bens se se esvaziar do mal. Suponha que Deus queira enchê-lo de mel. Se você estiver cheio de vinagre, onde ficará o mel? É preciso jogar fora o conteúdo do jarro e limpá-lo, ainda que com esforço, esfregando-o, para que possa servir a outro fim. Pode ser mel, ouro, vinho, tudo o que dissermos e quisermos, mas, no fundo, há sempre uma realidade indizível, que se chama Deus. Dizendo Deus, o que dissemos? Esta única sílaba é toda a nossa expectativa. Tudo o que conseguimos dizer, fica sempre aquém da realidade. Dilatemo-nos para Ele, e Ele, quando vier, encher-nos-á. Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é».
Dom Redovino Rizzardo, cs
domredovino@terra.com.br
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Por Pe. Jonas Abib (cancaonova.com)
21 de novembro de 2006
Toda autoridade vem de Deus e, para que exista submissão é preciso haver autoridade. A verdadeira submissão consiste em sair de si mesmo para fazer aquilo que Deus quer. Ele usa das pessoas para manifestar o Seu querer.
Com a entrada do pecado no mundo, uma das feridas que combatemos, no dia de hoje, é a rebelião. O inimigo não quis submeter-se à autoridade de Deus, mas à sua própria. Não se submeter é colocar-se sob a tutela de satanás, o insubmisso, o rebelde.
Como conseqüência dessa rebelião, a natureza humana também não gosta de ficar sujeita a outros, pois sempre que pode, quer fazer a própria vontade. É por isso que nos dias de hoje, vemos tanta confusão e divisão. A rebelião envenenou os seres humanos provocando a insubmissão entre eles.
Deus tem mostrado claramente, que para haver união entre todos, é necessário colocar autoridade e submissão em seus devidos lugares. “A obediência traz bênção; por outro lado, a insubmissão traz maldição!”
Jesus foi o obediente por excelência, por isso lhe foi conferida toda a autoridade. Sua autoridade ficou caracterizada pela obediência. O caminho da submissão é o da cruz, o mesmo que Jesus trilhou! Por isso, o caminho da obediência traz salvação a todos nós!
Seu irmão,
Padre Jonas Abib
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Nos perdemos por coisas insignificantes
As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é geralmente por elas que a gente se perde… (Dostoiévski)
Esta afirmação pertence ao grande escritor russo Fiódor Dostoiévski em uma de suas mais belas obras chamada “Crime e Castigo”. São palavras do protagonista do livro, um jovem estudante de nome Raskólnikov que comete um homicídio e encontra a redenção pelo crime cometido através de sua amizade com uma prostituta, que lhe apresenta no Evangelho, a narrativa da Ressurreição de Lázaro.
Esta frase, o estudante a disse no momento em que repensava e ensaiava cada passo que daria para cometer o crime. Ele pensou exaustivamente cada pormenor e não queria deixar nenhum detalhe de fora, pois para ele:
As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é geralmente por elas que a gente se perde…
Quando li “Crime e Castigo” essa frase me chamou muita atenção, e ao trazê-la para diversas circunstâncias da vida, ela faz muito sentido e pode ajudar-nos a refletir e a vivermos melhor. Quando pensamos nos grandes problemas e dificuldades que enfrentamos, logo tentamos buscar a causa dessas situações. Buscamos na memória o que fizemos para que tal mal acontecesse. Nessa hora, geralmente, nos esquecemos de que as situações difíceis na nossa vida quase sempre são frutos das pequenas circunstâncias. Por exemplo:
Um casal não se separa por causa de uma briga, mas por problemas não resolvidos no dia-a-dia que vão se acumulando e se tornando grandes; um jovem não se vicia do dia para a noite, mas começa com um “baseado” hoje e vai aumentando a dose e usando drogas mais fortes gradativamente; uma pessoa não se torna cheia de dívidas de repente, ela faz empréstimos para dívidas pequenas e antes de quitá-las continua comprando e comprando…
Essa é uma lei bíblica e da natureza: o que plantamos hoje, colhemos amanhã. E não nos esqueçamos que toda semente é pequenina, mas a árvore pode alcançar grandes proporções. Jesus nos ensinou como cuidarmos para que não nos percamos pelas coisas que hoje são insignificantes, e que se tornarão grandes no futuro próximo:
Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta seu cuidado. (Mt 6,34)
Essa é uma regra de ouro para quem quer ter qualidade de vida e, além disso, colher boas coisas no futuro: viver um dia de cada vez e, ao fazer isso, viver intensamente o dia, cuidando das pequenas coisas cotidianas para que por elas não nos percamos, mas sim, alcancemos boas e grandes conseqüências.
Traduzindo na prática as palavras de Jesus: que os casais passem mais tempo um com o outro, que os pais se dediquem mais aos seus filhos, que os jovens pensem melhor nas suas pequenas escolhas, que o profissional execute bem o seu trabalho diário… Para que nas tarefas e funções de cada dia, redescubramos o valor do que somos e temos, em especial das nossas relações humanas e, dessa maneira, possamos inverter a afirmação do Dostoiévsky a nosso favor, pois assim:
As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é geralmente por elas que a gente se SALVA…
(Artigo retirado do site denisduarte.com apud http://pregacaoudi.blogspot.com/)
É preciso colocarmos a Palavra de Deus em primeiro lugar na nossa vida, o Evangelho nos diz: “Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha”. (Mateus 7,24) Baixe e ouça essa pregação
Ouvir a Palavra de Deus e colocá-la em prática é como construir a vida como se constrói a casa sobre a rocha. Pode vir o que vier nada derruba a vida da gente. Quanta gente com a vida desmoronada, quanta gente afogada na bebida, dizendo que é por causa dos problemas (coitado desse homem, dessa mulher, desse jovem!).  Quanta gente com a vida destruída por causa das drogas, mas não somente das drogas, quanta gente com a vida no chão, não bebe, não se droga, mas a vida é um problema só. E por que isso? Porque está faltando alguma coisa. Problemas sempre teremos, os problemas não são desculpas para destruirmos nossa vida, pois problemas nós teremos. Problema não é desculpa para termos a vida destruída; assim como Jesus disse: “Pobres sempre os tereis”, Ele poderia ter dito: “problemas sempre os tereis”. Problemas pessoais, familiares, econômicos.
E eles não são motivos para termos uma vida destruída, não há razão para que nossa vida seja arruinada por conta das dificuldades. Pelo contrário, exatamente por causa dos problemas é que devemos ir à luta, enchendo-nos de força para que os superemos. Assim, nós nos alegramos quando eles são superados; não existe vida mole para quem quer vencer na vida. Se há vitória é porque houve luta! Vencer na vida é enfrentar problemas.
É a Palavra de Deus que nos dá vida, que nos sustenta; uma pessoa que não a vive é sem vida e vai tendendo para a destruição; acontecendo todos os problemas que foram citados anteriormente. Mas ninguém de nós precisa viver assim.”

“É preciso colocarmos a Palavra de Deus em primeiro lugar na nossa vida, o Evangelho nos diz: “Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha”. (Mateus 7,24)
 Quanta gente com a vida destruída por causa das drogas, mas não somente das drogas, quanta gente com a vida no chão, não bebe, não se droga, mas a vida é um problema só. E por que isso? Porque está faltando alguma coisa. Problemas sempre teremos, os problemas não são desculpas para destruirmos nossa vida, pois problemas nós teremos. Problema não é desculpa para termos a vida destruída; assim como Jesus disse: “Pobres sempre os tereis”, Ele poderia ter dito: “problemas sempre os tereis”. Problemas pessoais, familiares, econômicos.E eles não são motivos para termos uma vida destruída, não há razão para que nossa vida seja arruinada por conta das dificuldades. Pelo contrário, exatamente por causa dos problemas é que devemos ir à luta, enchendo-nos de força para que os superemos. Assim, nós nos alegramos quando eles são superados; não existe vida mole para quem quer vencer na vida. Se há vitória é porque houve luta! Vencer na vida é enfrentar problemas.
É a Palavra de Deus que nos dá vida, que nos sustenta; uma pessoa que não a vive é sem vida e vai tendendo para a destruição; acontecendo todos os problemas que foram citados anteriormente. Mas ninguém de nós precisa viver assim.”

 


Ouvir a Palavra de Deus e colocá-la em prática é como construir a vida como se constrói a casa sobre a rocha. Pode vir o que vier nada derruba a vida da gente. Quanta gente com a vida desmoronada, quanta gente afogada na bebida, dizendo que é por causa dos problemas (coitado desse homem, dessa mulher, desse jovem!).